No 'BBB 11', Bial quer 'sentir o doce aroma do sucesso'

Faltando apenas dois dias para a final do "BBB 10", Pedro Bial já pensa no "BBB 11". Normal para quem se joga de cabeça no programa a cada edição, não? "Nós, do 'BBB', procuramos não nos tornar repetitivos, o que, convenhamos, é um baita desafio numa décima edição — desafio superado, desta feita. Mais que isso, precisamos surpreender e quebrar as expectativas e 'receitas' trazidas de casa pelos participantes"diz o apresentador, que ainda diz que "as críticas, dependendo de onde partem, podem ser grandes elogios. O mesmo raciocínio serve para elogios – depende da fonte".

As torcidas inflamadas e as mudanças nos rumos do jogo, que apesar de ter tido um favorito nas pesquisas durante boa parte do confinamento (Marcelo Dourado) teve e ainda tem outros fortes candidatos ao milhão e meio também são compreendidas por Bial. "Essa é uma das graças do programa. Uma semana, você ama um, na semana seguinte, odeia. Esse negócio de eleger um participante para torcer e formar um culto não me sabe bem... Manja? Uma voz! Um líder! Humm... Bonito é o pensamento dialético compulsório que o 'BBB' promove: numa hora, você vê as coisas do ponto de vista de Fulano, depois é naturalmente obrigado a ver as coisas do ponto de vista de Sicrano, Beltrano, e por aí vai. Isso é rico!", acredita o apresentador. Confira o restante do papo com a Revista da TV aqui no Big Blog! Seu diálogo com alguns brothers desta edição, como Elenita e Angélica, foi extremamente direto e aberto. Houve diálogo, coisa que nem sempre rola, não é? O que os participantes do "BBB 10" tiveram de diferente em relação aos outros que já passaram pela casa?

PEDRO BIAL: Admiro Elenita e Angélica, gosto das duas, mas não é justo com os outros participantes afirmar que só com elas houve diálogo. Dourado é bom de papo, Anamara e Lia com seus temperamentos “equilibrados”, Michel é uma excelente conversa, Alex, Fernanda depois do Capslock, enfim, turma boa de conversar... Muito se especula sobre suas preferências dentro da casa. Os pais de Eliéser chegaram a dizer que ficaram ofendidos com suas brincadeiras com o rapaz - aliás, o que você pensa disso? Como você separa o Bial telespectador e torcedor do Bial apresentador e orientador?

PEDRO BIAL: O Bial telespectador serve ao apresentador para fazer perguntas e comentários que estão na ponta da língua de quem está vendo o programa em casa. Pessoalmente, estive com os pais de Eliéser e eles não se mostraram ou se disseram ofendidos. Estavam tristes sim, mas não comigo nem com a direção do programa. Continuo a sustentar que durante sua participação no BBB, o Eli era o maior comediante – involuntário, é verdade -, o maior comediante da atualidade. Quanto a chamar o Eliéser de banana e mané, há jurisprudência velha como a Sé de Braga: no “BBB 2”, Thyrso foi sistematicamente chamado de mané, cheguei a entregar a ele, na final, o troféu de “Mané”. Thyrso recebeu a brincadeira com elegância e bom humor.
Seu papo com Tessália depois da eliminação foi bem marcante. E a eliminação de Michel foi emocionante, com sua declaração pública de amizade. Até que ponto é necessário ser imparcial? Nas eliminações, suas opiniões acabam ficando mais claras, não?

PEDRO BIAL: A honestidade é mais importante que a imparcialidade, apesar de uma levar à outra. Quando a pessoa sai, aí eu posso ser mais claro. É curioso como só na décima edição, a partir da eliminação de Tessália, passamos a explorar o momento da saída para uma entrevista mais longa com o eliminado. É ótimo, pega a pessoa ainda quentinha, faz logo as perguntas cruciais e prepara a criatura para o massacre que virá em seguida...
Qual o balanço que você faz do "BBB 10", que bateu recorde de votos em paredões e teve a participação do público muito mais aproveitada e solicitada em provas como a do Fiat Linea?

PEDRO BIAL: Assustadoramente século XXI! É um privilégio viver esse fenômeno de dentro, de posição tão privilegiada, exposta sim, mas como já disse alhures, sou surfista de onda grande.
Para o "BBB 11", o que você gostaria de ver?

PEDRO BIAL: Ver não, sentir o doce aroma do sucesso, que só vem depois do acre cheiro de suor. E os meus “coleguinhas” maldosos acrescentariam, depois dessa última frase: “disse Bial, em mais uma de suas ‘filosofices’.” Eu, agora, digo “Bom dia”, aí, publicam assim: “Bial disse ‘Bom dia’, em mais uma de suas filosofices...” Ai, meu saco! Pobres filósofos...

Fonte: O GLOBO/bigblog